MURO — Vê-se neste entremez de enredo obscuro que eu, de nome Snout, represento um muro, um muro, podeis crer – coisa estupenda! – que apresenta um buraco, frincha ou fenda, por onde Tisbe e Píramo a amargura reclamavam da vida, a sorte dura. Estas pedras e esta áspera argamassa dizem que muro eu sou, muro de raça, e este é o buraco, de um e de outro lado, por onde fala o par enamorado.
(Cena do "Sonho de uma noite de verão" na peça Milkshakespeare, Grupo de Teatro Bah! - Esteio)